O “CPF do imóvel”: o que muda com o novo Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB)
- T2u Consultoria

- 5 de set.
- 2 min de leitura
O que é o CIB?
A partir do próximo ano, cada imóvel no Brasil terá um código único de identificação, apelidado de “CPF do imóvel”. Esse registro será constantemente atualizado por cartórios, estados e municípios, formando um banco de dados unificado sobre propriedades em todo o território nacional.
Como funciona na prática?
O sistema reunirá informações detalhadas sobre:
Localização e características do imóvel;
Valores de mercado atualizados em tempo real;
Transações registradas em cartório.
Hoje, o IPTU e outros impostos são calculados a partir de tabelas de valores de referência, muitas vezes defasadas e bem abaixo do preço real de mercado. Com o CIB e o SINTER, essa realidade muda: a cobrança passará a considerar o valor atualizado do imóvel.
O impacto no bolso do contribuinte
Na prática, as alíquotas de impostos não foram alteradas. O que mudou foi a base de cálculo. Isso significa que:
Se o valor de mercado do seu imóvel for o dobro do que a prefeitura considera hoje, o seu IPTU também poderá dobrar.
O governo terá um mecanismo mais eficiente de arrecadação, reduzindo brechas e distorções.
Em resumo: mais transparência para o fisco, mas também uma conta mais pesada para o contribuinte.
E para quem mora fora do Brasil?
O impacto também atinge o não residente fiscal brasileiro que mantém imóveis no país e recebe aluguel.
Com o CIB e o SINTER, a Receita Federal terá mais controle e rastreabilidade sobre esses rendimentos, cruzando dados de forma automática. Isso torna ainda mais relevante que o recolhimento do Imposto de Renda sobre aluguel de não residente siga rigorosamente as regras específicas:
A tributação ocorre na fonte, à alíquota de 15% (ou 25% em casos específicos, como para paraísos fiscais);
O responsável pelo recolhimento é o procurador constituído no Brasil ou a imobiliária administradora do imóvel, via DARF;
A falta de recolhimento pode gerar multas e juros elevados.
Ou seja, nunca foi tão importante manter a regularidade fiscal para evitar problemas futuros com o Fisco.
O que esperar daqui para frente?
Com a implementação do CIB, o mercado imobiliário tende a ganhar em organização e clareza nas informações, mas os proprietários precisam se preparar para impostos mais altos e uma fiscalização cada vez mais sofisticada.
Em caso de dúvidas, conte com a T2u.



